Os astrónomos descobriram um quasar distante que mata uma galáxia ao suprimir a formação de novas estrelas na mesma. A descoberta é relatada num artigo publicado no The Astrophysical Journal.
Os investigadores realizaram observações com o radiotelescópio ALMA (Atacama Large Millimeter Array) no Chile e encontraram a primeira prova de supressão dos processos de formação de estrelas na galáxia, causada pela saída de gás molecular para o espaço intergaláctico devido ao quasar. Um quasar é um núcleo galáctico ativo extremamente brilhante que é alimentado pela atividade de um buraco negro supermassivo no seu centro. O gás molecular, por outro lado, é o combustível para a formação de novas estrelas.
O quasar J2054-0005 tem um desvio para o vermelho de z=6,04, o que corresponde a uma distância intrínseca de 27,5 mil milhões de anos-luz e a um tempo de viagem do feixe de luz de 12,7 mil milhões de anos (estes valores não são iguais devido à expansão contínua do Universo). No entanto, este quasar é um dos mais brilhantes entre todos os objectos semelhantes no Universo primitivo, o que o tornou um candidato adequado para estudo.